da evolução de uma camisa de mulher



Com colarinho já não a conseguia usar. Assim que o tirei, caiu um peso enorme de cima dos ombros, literalmente.


Do dia da mulher, resta-me alguma esperança de evolução, esperança de viver o suficiente para poder presenciar o culminar de um ciclo, de ver a mulher realmente emancipada.


A mulher precisa certamente de uma grande emancipação, mas o que está a acontecer em nome da emancipação é estúpido. É imitação, não é emancipação.

(...) A verdadeira emancipação tornará a mulher autêntica e não numa imitação do homem. Neste momento, é isso que está a acontecer; as mulheres estão a tentar ser iguais aos homens.

Eu gostaria que a mulher se tornasse realmente uma mulher, porque muito depende dela.


in Osho, O livro da Mulher, Sobre o Poder do Feminino

2 comentários:

Anónimo disse...

aquilo que tu dizes é válido para os países onde de qualquer forma, os direitos da mulher já não se põem em questão.
Aqui onde o respeito pela mulher é quase nulo (excisão, casamentos forçados, etc) estamos no principio da história !

Anónimo disse...

Houve um imenso equívoco nestes processos, confundindo-se o que havia de ser uma emancipação essencial com uma caracterização funcional de sucesso equipolente.
Assim, a emancipação da mulher confundiu-se com a sua virilização, na aproximação ao paradigma de cultural sucesso masculino, enquanto, face a isto e por falta de pólo essencial equilibrador, os homens se emasculavam numa dinâmica que pelo inconsciente tentava conquistar o feminil pólo entretanto desaparecido. Homens femininos e mulheres masculinas, fizeram parar a circularidade do Yin - Yang, numa estagnação energética que floresceu em doenças psicosomáticas, pois a vida depende do animus e da anima, como o sistema solar do Sol e da Lua, ou a procriação de caracteres sexuais diferenciados. Esta Babel energética deveio na actual epidemia de homossexualidade desarranjada, celebrada entretanto pelo estertor pós moderno como opção, como direito social e ontológico, como naturalidade dentro da doença civilizacional que se instalou ( não digo que todos os casos pertençam a este motor patológico ). A tradução sumária e esquemática é que muitos homens procuram em outros homens entretanto doentes com a citada dinâmica de compensação, a mulher, e as mulheres procuram umas nas outras o homem. Na esmagadora maioria dos casos, houvesse homens e mulheres, verdadeiramente, as parafilias desapareciam como bolhas de sabão ao Sol.
Mas não é com debates alquímicos e filosofemas que aprenderemos algo sobre o que é ser homem e mulher. A escola para isso, parece-me, é ir para a cama ( ou para o sofá, chão, parede, água, areia, etc ), e fazê-lo com a primitividade e ultimidade que compete.

Pedro